Espera
Quando virás na vaga proibida,
Com maresia e vento ao abandono,
Pôr nos meus lábios um sinal de vida
Onde haja apenas pétalas e sono.
.
Com teu olhar de nuvem ou cipreste,
Como uma rosa oculta por florir,
Se te chamei e nunca mais vieste,
Quando virás sem que eu te mande vir.
.
Quando quebrando todos os segredos,
Na aragem que a poeira deixa nua,
Virás brincar um pouco nos meus dedos
Como o sol, como a terra e como a lua.
.
// E porque a minha boca te sorrira
Como que abrindo uma invisível grade,
Quando virás sem medo e sem mentira
Dar ao meu corpo a sua liberdade. //