Tecedeira
Não pensem que me esqueci
De começar a fiar
Novelo que por quebrar
Deu a ideia que morri
Novelo que por quebrar
Deu a ideia que morri
As voltas que ao mundo irei dar
Novamente a cantar
São com fio que fiarei
Dia e noite, sem parar
São com fio que fiarei
Dia e noite, sem parar
Tecerei verdes ciprestes
À dimensão desta fé
Que ensina sábios e crentes
Que árvores morrem de pé
Que ensina sábios e crentes
Que árvores morrem de pé
Mas à vista não há morte
Fiarei toda a beleza
O fio apanhei por sorte
Ou por ter muita certeza
O fio apanhei por sorte
Ou por ter muita certeza